Não faças para que as pessoas te reconheçam. Faz é para que te reconheças a ti próprio. Pois tu és tu, e quando perdes a tua identidade, nunca mais a encontras. Mesmo que procures uma vida inteira.
A perfeição é alcançada através da mentira e da ocultação. Por isso mesmo, quem se afirma perfeito, oculta a sua imperfeição.
As pessoas tendem a apaixonar-se mais pelo desconhecido do que pelo conhecido pois provoca menos desilusão. Mas apenas amam o que realmente conhecem, porque o que é conhecido como " a palma da mão", mais facilmente é perdoado.
A vida e o amor sempre foram excelentes inspirações. Infelizmente, alguns só têm uma delas. E outros, nem uma têm, resignando-se à morte.
A capacidade de ver o bom no mal é indispensável para a felicidade. Porque todos queremos viver alegres... E todos o tentamos ser de alguma forma...
Quem está realmente apaixonado, não consegue fingir. Cada ato que se realiza já tem uma pitada de paixão, e cada passo que se dá, já não é para trás... É um passo decidido em direcção ao correspondente... Por isso mesmo, nunca foi fácil fingir o amor... É instintivo.
Em alguns momentos da vida, temos que optar pela racionalidade em vez do coração. Mesmo que o coração tenha uma voz mais forte...
Às vezes, na procura da pessoa perfeita para nós, gastamos a nossa vida... Quando essa pessoa pode ter estado sempre connosco. "O ser-humano perfeito pode não se encontrar na outra ponta do mundo. Pode até ter passado a sua vida sempre connosco..."
Nunca deixes que um amor incondicional e perfeito ocupe a imagem da realidade... Afinal, nos contos de fadas onde o amor pelos dois protagonistas é perfeito envolve sempre um vilão. E o vilão pode ser a vida.
Tentei contar 2+2. Obti um resultado exacto. Tentei contar as estrelas. Perdi-me na imensidão de estrelas que havia naquele céu, livre de ser quem queria, brilhante e único. Tentei caracterizar um quadrado. 4 ângulos rectos, segmentos de recta com o mesmo comprimento.
Mas, quando tentei escrever sobre ti e, falar contigo, revelou-se mais difícil que tudo o que fiz. Perdi-me na imensidão dos teus
olhos, na incerteza da tua pessoa e nunca, mas nunca tu eras igual.
Como último exercício, tentei falar sobre o amor. Ocupava mais folhas que o meu caderno tinha, pois nunca obtia uma definição exacta. Nunca soube quem tu eras. Nem nunca soube o que era o que eu sentia por ti.
"Às vezes, até o mais simples, é o mais difícil..."
Como último exercício, tentei falar sobre o amor. Ocupava mais folhas que o meu caderno tinha, pois nunca obtia uma definição exacta. Nunca soube quem tu eras. Nem nunca soube o que era o que eu sentia por ti.
"Às vezes, até o mais simples, é o mais difícil..."
Não queiras saber tudo. Afinal, se sabes tudo, nada te é estranho. E nada te provoca curiosidade...
Toda a gente quer ser quem verdadeiramente é. Mas, no entanto, não há ninguém que não repugne quem mostra a sua verdadeira faceta.
Há várias ideias de racional... Há várias ideias de sentimental... Há várias ideias de inteligente... Infelizmente... também há várias ideias do que é o amor...
Poderia escrever milhões de palavras, e no entanto, ficar ainda muito por dizer de ti. Poderia tirar milhares de fotos, e nunca me satisfazer com a tua imagem. Poderia recitar-te poemas que derretem até a chama mais intensa...
Oh... Poderia fazer tanta coisa, e no entanto, nunca a fiz...
A realidade, por vezes, magoa... É por isso que sabe bem imaginar em alguns momentos da vida...
A nossa imaginação é a única que poderá alimentar falsas esperanças... Mas de tão falsas que elas são, mais verdadeiras as tentamos tornar.
Não queiras prender a tua imaginação. Sê livre, luta pelos teus sonhos e luta pelas utopias em que acreditas. Até o amor perfeito é uma utopia.
Raúl Amarantes
A arte de escrever |