terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

A Continuação

Muitas vezes na vida, tem de se continuar. O que é o acto de continuar? O acto de continuar é o acto de avançar para além de algum fim que nos tenha aparecido. Ou seja, muitas vezes na vida encontramos obstáculos. E é o acto de continuar que nos torna mais fortes. Já iremos comprovar isso. 

O título "A Continuação" poderá induzir que este será um texto que irá continuar um anterior texto, mas isso será induzir em erro. Vou falar do avanço para além de uma paragem que fizemos.

Todos definimos um caminho (se não definimos, andamos confusos), ou seja, uma forma de chegar a algum lado.

E na vida, é o nosso acto de continuar que nos permite definir. Ou continuamos, ou paramos. O que significa que paramos a nossa caminhada em direcção a algo, que supostamente foi o nosso desejo a longo prazo. É o nosso acto de continuar que nos difere dos fracos. É a capacidade de dar por acabado coisas ou acontecimentos do passado. Mas claro, a simples ideia de esquecer tudo o que nos agrada, ou que não nos convém, pode induzir para que (por fraqueza), nunca mais queiramos recordar algo que nos tenha acontecido. 

Ficamos em: para continuar,temos de pretender que os acontecimentos não aconteceram, mas não os esquecer permanentemente. Passar apenas uma barreira. Fingir que esses acontecimentos nunca nos afectaram. Mas para continuar, temos de aprender as lições que esses mesmos acontecimentos nos têm a dar.

"(...) não nos podemos prender ao passado, ansiar que algo fosse diferente do que já foi."

E isto, nem falando dos acontecimentos que nos convém. Só que há uma contrapartida. Os bons acontecimentos são apoios, enquanto os maus, tendo a possibilidade de serem também apoios, serem barreiras que nos impedem de alcançar certo fim. 

Para que é tão importante ter a capacidade de continuar? 

Afinal, não nos podemos prender ao passado, ansiar que algo fosse diferente do que já foi. Pedir, desesperar, implorar, humilhar-se. Não se pode. As coisas já aconteceram, e o acto de recuar no tempo, não  é um acto que conste da possibilidade humana. E apenas nos podemos sujeitar ao desenrolar dos acontecimentos. Tornamo-nos num boneco humano, já que temos a possibilidade de optar entre chorar ou viver.

Nietzsche comprova isto, quando diz: " (...) o que não me mata, torna-me mais forte.". Um outro ser (o qual não se sabe o nome) também diz: "Forte não é aquele que não cai, e sim aquele que tem a capacidade de se levantar.".

Não há que se iludir com desejos, com pedidos, com derrotas. Em tudo na vida, há uma vitória e uma derrota. Nós apenas caminhamos para a que mais quisermos. 

"Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colmeia com medo das picadelas das abelhas" - William Shakespeare


domingo, 9 de outubro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Perfeição

Perfeição... A perfeição nunca pode vir a ser alcançada. A perfeição é o pleno em todos os campos, o não cometer erros no que quer que seja. Nenhum ser-vivo poderá alcançar a perfeição, e não, não considero Deus um ser-vivo, nem sequer existente.

A perfeição é o modo mais correcto e o melhor modo de fazer as coisas. Uma acção feita de forma perfeita, ou seja, sem erros, é sempre muito melhor que uma acção feita de forma imperfeita. A perfeição é o que é pedido a cada ser-vivo, mas com isto, pede-se o mais próximo.

A perfeição poderá ser considerada chata. A perfeição poderá ser considerada um objectivo. Alguém até poderá ser perfeito para um outro alguém. Essa mesma perfeição é a perfeição definida como destino. É a perfeição não alcançada pela melhoria, mas mesmo pelo que essa pessoa representa.

Quem é perfeito, sabe fazer qualquer coisa o melhor possível, certo? Esse será o pensamento... Essa mesma classificação suprema só pode ser alcançada pelos seres supremos, pelos seres únicos, pelos seres dotados de supremacia. Pelos seres dotados de melhorias, de conhecimento, de sabedoria. De tudo o que represente ser o melhor. Ser óptimo.
"Quem quiser ser "perfeito", que seja o príncipe encantado. Pois, na vida, é-se sempre perfeito para alguém..."

Quem forma objectivos de forma a ser o melhor? O ser-humano forma objectivos de forma a alcançar a perfeição, de forma a alcançar a melhoria, de forma a ser mais aceite. De forma a fazer as coisas de  uma forma que pareçam melhor, de uma forma que não se lhes apontem erros.

Habituados a essa ideia de que a perfeição não pode ser alcançada, criamos uma ideia de que a perfeição é a quase-perfeição. De que a perfeição é uma coisa que pode ser alcançada. E foi boa a iniciativa de não ficarmos colados à raiz da palavra. Porque afinal, se tentamos alcançar algo que não poderá ser alcançado, vivemos uma vida em vão. Não vivemos simplesmente.

É como se jogássemos às cartas e mesmo que tivéssemos um par de cartas que não valesse, continuávamos a procurar a vitória, sempre a perder, a levar aquela cruel resposta de que perdemos, aquela cruel palavra de derrota, aquela cruel vergonha. 

A perfeição é algo ansiado pelos homens, na medida em que vivendo a vida com perfeição, nunca erramos, nunca sofremos devido a nunca errarmos, nunca ouvimos sermões... 


Raúl Amarantes.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Memória
 O que é a memória? O que é esse cruel monstro que insiste em nos magoar? Esse cruel monstro que insiste em não esquecer o que queremos que o coração esqueça? Mas, a memória também é um ser impressionante e muito maravilhoso, pois traz saudades e sorrisos...

 A memória é uma das nossas partes mais exclusivas. Por ser tão única, por ser tão espantosa, tão fascinante, tanto tempo dedicamos a divagar no que recordamos... Quem poderá recordar aquele amigo de longa data com o qual se jogou futebol, com o qual se roubou frutas, mas não recordar aquela mesma morte de uma pessoa muito próxima de nós?

 A memória é uma faca de dois gumes... Tanto podemos usá-la para defesa, como podemos ser atacados por ela... A memória deverá recordar o passado... Ensinar-nos para o Futuro... Fazer-nos divagar, fazer-nos não confiar em tal pessoa por tal caso do passado... Quem enfrenta a memória? Quem não quer ter memória? 

 É um bem indispensável. Quando fazemos um trabalho, necessitamos de memória para recordar o que é necessário para esse mesmo trabalho. As datas importantes. Aniversários, eventos, comemorações, etc... 

 Esse cruel ser insiste em nos atraiçoar, insiste em nos surpreender. E nós, que nos julgamos um ser que se afasta da dor, mas que se aproxima da alegria, assistimos a todo este decorrer de acontecimentos, a toda esta cronologia mental.

Toda a nossa vida, todos os nossos acontecimentos, todas as nossas memórias, tudo o que nos define, definiu-nos, que nos classificou. Quem enfrenta a aparição de saudade, de mágoa, também tem que enfrentar a tristeza, a depressão, temos que aceitar que aquela memória existe.


"(...) gostamos de ter uma memória de quem provocou um impacto na nossa vida e por isso mesmo os recordamos na nossa mente (...)"

A memória pode ser vaga. Pode até ser inexistente. Mas afinal, é sempre memória de alguma coisa. Um sonho nosso, uma esperança nossa, uma visão que julgamos ter... A memória é directa. Dirigi-se a nós dizendo que tudo o que lembramos do passado, aconteceu. Pode não ter acontecido da forma que imaginamos, mas aconteceu. Que se tornou passado, que se pode vir a tornar futuro, que é Presente...

Esse fantástico ser é também um alento do ser que quer recordar a face do/a amado/a, que quer recordar a face do desaparecido, trazendo sempre aquela pequena tristeza, talvez até adornada pela lágrima à nossa face, à nossa cara, ao nosso ser intocável pelo Presente. 

É interessante... Às vezes, a memória magoa mais do que o momento, o Presente, o instante exacto em que vivemos esse momento... Todos gostamos de ter uma memória de quem provocou um impacto na nossa vida e por isso mesmo os recordamos na nossa mente. Podemos ter aquela imagem, aquela face que para nós foi intocável...

Mas... Apesar de a imagem mostrar os retoques da cara da outra pessoa, o seu leve sorriso, a sua tímida bochecha, nunca a imagem poderá fazer-nos recordar o que não gravou... E, quão mais forte for o que vivemos, mais facilmente lembramos esse momento... Mesmo que seja cruel...

E, respondendo a todas as minhas perguntas... A memória é o nosso diário sem escrever, a nossa câmara fotográfica sem flash, o nosso provador sem provar, mas sim saborear... Ninguém a quer enfrentar, pois mesmo que ela nos lembre os piores momentos, é porque não criamos mais momentos bons para calar esses mesmos fantasmas da alma...


Até uma próxima... "Não queiras apagar a tua memória... Afinal, lembras isso tudo por alguma razão..."

domingo, 21 de agosto de 2011

Pequena pausa... de contos...

Desejo...

Continuava debatendo-se contra si próprio. Sendo achado superior, sendo atirado para um ringue, sendo amado, sendo querido... Não sendo nada... 

Era apenas mais um dos seus sonhos... Acordava olhando para a sua janela, pensando sempre ter entrado alguém. Olhava para o seu lado, sempre achando que alguém se havia aproximado dele, apenas para sentir o doce toque do seu corpo, a sua doce calma, a sua doce impaciência... Impaciente por um momento verdadeiramente digno de uma designação de momento querido...

Afinal... Acordava. Ansioso por cumprir o seu desejo... Contentava-se apenas com um doce levedar do seu lábio, com um doce toque, suave, nem que não lhe tocasse, mas sentir-lhe a alma, sempre a correr pelo corpo deste formoso ser que tanta vez o havia feito acordar do seu sono, sem nunca dormir, acordar da sua vida, sem nunca morrer, acordar de tudo o que fechava... Mantendo-se livre...

Afastando-se de tudo o que o definia, de tudo o que o definiu, de tudo o que o criou, apenas na ânsia de concretizar um desejo, de voar sem nunca flutuar, de ter, sem nunca ter tido nada na sua inocente vida, na sua inocente existência, mesmo que uma procura de tal desejo, nunca se tornasse inocente, apenas um desejo carnal, com um ser tão formoso que até para ele se tornava único, um ser já habituado a ver de tudo, a ver objectos formosos...

"(...)apenas na ânsia de concretizar um desejo(...)"

Nunca soube o que era envolver-se de tal maneira num ser que nem a própria chapada verbal lhe custasse tanto... Que a própria chapada verbal, o fizesse cair no erro da humanidade de como se um íman o atraísse, e um oposto o atirasse ao chão, cada vez mais, se afastava do seu berço... Tudo na ânsia de satisfazer um desejo que nunca na vida viria a concretizar... Pelo menos tão cedo, achava ele...

Raúl Amarantes.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Rubrica das Rubricas

Sem título 

Sim, adoro-te, mas não nutro confiança para to dizer...

A sua personalidade única, o seu riso maléfico, a sua obsessão que irrita de maneira engraçada, os seus olhos de uma cor natural, a sua frequente panca (inclusive imaginar filmes porno) e a sua forma de ser (directa) são únicas nesta pessoa. Sem se conhecer uma pessoa deste calibre, não se vive na totalidade.

Nunca soube quem era e, continuo sem saber, criando um mistério e uma vontade de conhecer esta caixa de segredos, este pequeno diário, que (não!) conhecendo esta pessoa, nunca tentei abrir.

Encontrei-me numa sala de tesouro. Quando descobri o mapa para esta chave, reparei que o meu tempo escasseava. Quis desfiar este tesouro, encontrar muitos mais do mesmo, aproveitar o tempo que me restava para desfiar este tesouro, conhecendo cada ponta deste pequeno tesouro que só uma vez calha na vida.

Quem era eu nesta sala de tesouro? Era mais um dos que entravam. Poderia sair ileso, mas não sairia sem conhecer os recantos desta mesma sala. 

Admito. Não me via no mundo deste ser, porque sempre me julguei a pior coisa à face da Terra e junto desta pessoa, como já disse, nunca me vi. 

Porquê? 

Eu não tinha a melhor ideia desta pessoa por ser directa e por nunca a ver brincar (talvez nem visse por não ter a melhor ideia). Não, ainda não nutri a confiança suficiente com esta pessoa tão rica de tesouros, puros e impróprios sempre, no bom sentido.

Conhecia esta sala de tesouro desde quando? Sinceramente, só me lembro do seu magnífico retoque (a sua voz) e o seu estupendo pormenor (o seu angelical sopro) da minha infância alada, tão mal passada entre a minha passagem na vida.

Não graças a este mesmo ser, mudei. Quis ser quem era, não quem os outros queriam, mas isso no mundo actual é difícil, mas isso é falado noutra época.

Só me dei este ser (esbarrar poderá ser o termo correcto) numa das minhas passagens (ou mudanças na vida) num dos meus "upgrades" de um certo nível para outro. 

Nunca a conheci realmente. No fim, infelizmente o tempo escasseava e eu, continuava a ser eu... Como me esbarrei, conheci-lhe a brincadeira, a graça, a felicidade, que outrora nunca havia visto, mas faltava-me conhecer mais... 

Não me querendo desenvolver mais, resumo:

ADORO-TE DONA DA ASSINATURA SÉCSI!

E como recompensa, ela verá uma certa coisa que aprecia... --'

Tantantan tantantantantan

terça-feira, 31 de maio de 2011

A que propósito vem isto?

Confuso
Sim, é a última parte desta pequena rubrica, já antecipando. 

Sim, continuo confuso, a caminhar nesse labirinto do amor sem nunca ter uma corda que agarrar, uma corda para seguir, para chegar ao fim desse labirinto são e salvo. Não encontrei mais caminho nenhum e simplesmente me afundei mais nesse labirinto tão confuso, tão indirecto, tão infinito...

Embarquei no barco errado e atraquei no sítio errado... Com a minha falta de experiência, julguei estar a tentar procurar conhecimento numa ilha deserta que julguei ser dotada de conhecimento e fácil de ser descoberta. Dei-me com uma ilha explorada mas já crescida outra vez. Mas, encontrei as dificuldades, como inexperiente que sou.

Aventurei-me nesse mesmo caminho, nesse mesmo desconhecimento tão curioso, tão interessante e tão assustador. Entrei com a estratégia errada. Dei-me com um ser completamente diferente da minha visão de espectador. Não percebi o que era o amor. Não entendi o que me fazia mudar o meu comportamento para tentar agradar este ser mesmo que continuasse a ser uma das coisas que me abalava.

O que era o amor? O que é? Continuei nesse caminho tão tempestoso, tão confuso, tão bloqueado. Nunca sabia como arrombar a porta da alma e ver quem era o ser que se demonstrava... Quem era esse ser por quem sentia uma coisa tão estranha que nunca pôde ser descrita, escrita ou até desenhada correctamente sem se esborratar a imagem desse ser tão diferente e que se esconde...

O que era isso que sentia? Essa mesma necessidade de conhecer o outro ser, de estar com esse mesmo ser? Nunca compreendi e nunca entendi porque é o sentimento mais puro se no fim de contas poderá ser falso. Se poderá ser uma arma, uma faca dos mais impuros que não entendem o que é esse sentimento tão cheio, tão incapaz e tão insensível. 

Como poderia eu deixar de estar confuso? Como poderia eu ser um conhecedor desse mesmo ser incapaz, impuro e sentimental que outrora poderia ter vivido no meu ser ou que vive agora? Como poderia ser que eu iria conhecer a parte de dentro desta fachada...

E no fim, continuei confuso, sem saber quem este ser afinal era. Os dois... Esse ser implacável e quem por quem sentia esse ser, era...

Raúl Amarantes. 

sábado, 21 de maio de 2011

A que propósito vem isso?

Confuso
 Nesse ledo engano do pensamento, do corpo, da perfeição, deixei de ser quem era... Arranjei remos e empurraram-me. Cheguei à margem graças a esse apoio... Viria a enfrentar esse mesmo problema um dia, mas de outra perspectiva.

Um ser, desejava alcançar a perfeição. A perfeição pessoal, a perfeição mundial. Não conhecia esse ser. Simplesmente era o espectador. Quis passar a ser o treinador. Tentei ajudar... A não alcançar a perfeição. Simplesmente via um ser que era perfeito, mas que imperfeito queria ficar. Esse ser era um ser que me viria a impressionar.
Discutia com meros seres-humanos acerca desse ser, discutia com esse mesmo ser de qual era o rumo que queria tomar. Não entendia. Era um ignorante neste jogo da perfeição, pois eu havia jogado com cartas diferentes, havia jogado com a qualidade, e este ser havia jogado com a beleza. Não compreendia. Para que fim, jogava este ser com tais cartas? 

Quis ir mais fundo. Quis ser investigador, e deixar de ser treinador. Comuniquei com esse mesmo ser. Havia sabido qual a razão desse jogo. Mas, quando se joga com um jogo que não ganha jogos, perde-se algo... Esse ser havia perdido parte do que era. Mudei nesta história a minha posição. 
Passei a psicólogo, mas daqueles directos. Querendo ser directo, objectivo e correcto no meu trabalho. Eficaz. Mas, embarcando nessa mesma viagem, envolvi-me mais e reparei que tinha passado a ser uma coisa que nunca pensei ser. Um Amigo. Daqueles que se preocupam, daqueles que ajudam, daqueles que se tem uma vez na vida. 

Mudei muitas vezes nesta história, mas nunca, nunca havia sido eficaz. Havia sido espectador, jogador, ignorante, investigador, psicólogo e finalmente amigo. E nessa tentativa de eficácia, tornei-me o que nunca pensei vir a tornar.
Mas, havia deitado fora esse pedaço de tempo. Afundei-me no meu mundo e analisei essa situação e a minha reacção perante a mesma. 

Afastou-se do que havia de ter sido a solução. Quando voltou, mostrou-se um outro ser que não alcançava a perfeição. Alcançava apenas a felicidade e nada de perfeições como antes havia desejado. 
Mas, releva-se mais do que esse ser... Uma coragem tal. Expôs-se ao mundo. Apresentou a sua cara, foi directo e sem pudor nenhum falou do seu problema. Passou por cima... E actualmente, ainda elogio esse mesmo ser, por ter enfrentado esse mesmo problema sem dificuldade e se manter quem é.

E envolvi-me nesse manto de mistério. Um ser que havia sido conhecido por minha parte havia-se revelado um ser que era terra-a-terra e por isso mesmo se havia tornado perfeito. Fui amigo dessa perfeição. Dos melhores, mas nunca o consegui aceitar e, no fim, continuei a ser o espectador dessa perfeição que enfrentando a imperfeição se tornou perfeito.

Ser - A quem dedico este texto.

Continuo uma outra vez...

Raúl Amarantes. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A que propósito vem isso?

Confuso
Admito... Nunca soube o que era o amor. Falo sempre dele, como se um experiente me tratasse. Embarquei em várias aventuras, algumas recheadas pelas tempestades, outras recheadas pelo tesouro... por abrir. Nunca, mas nunca fui destemido o suficiente para abrir essa mesma caixa. 

Verdade... A que propósito vem isto... Isto vem a um propósito que me abalou. Como se vê pela minha experiência de quem tem muita vida, sou um adolescente. Um mero adolescente no mundo dos adolescentes. Não sou diferente dos outros. E como tal, terei que embarcar como todos os outros.

Mas impera a desconfiança. Impera a falta de decisão. Sempre sentia que o amor era simples. Era simplesmente ser-se quem se era e as pessoas amavam-me. Cai nessa armadilha e mais fundo me ia afundando. Deixei de ser um mero rebelde e passei a ser um rebelde "recluso". Não via remos. Presumia que o meu caminho era o correcto. Embarcava no barco certo...
Quando perdi o pé, reparei que me estava a afogar. Afogava-me na minha tristeza. Nos meus problemas. No meu mundo. Tinha criado um só para mim, uma paz só minha, não perturbada pelos meros adolescentes. 

Queria melhorar toda a minha qualidade, aperfeiçoar as minhas técnicas e nunca reparava que aperfeiçoando o que tinha de bom, estragava quem eu era. Um anjo sempre na brincadeira... Mudei. Graças àquele apoio de quem esteve sempre comigo. De quem acreditava em mim... Não ouvia ninguém e quando perdi o pé reparei que tinha sempre toda a gente. Eu simplesmente me havia afastado para o meu mundo...
Depois, aconteceu-me o pior... Reparei que uma das fases da minha vida estava a acabar e a minha oportunidade de conhecer o que tanto ansiara se escapava do meu ser, como se de água entre os dedos se tratasse... Confuso porquê? Encontro-me confuso, porque afinal de contas, nunca soube o que era o amor e finalmente, quando o pensava conhecer... Passou a ser uma incógnita...

Continuarei noutra época...

Raúl Amarantes. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse

Troca de Intermediários
O que é o ser-humano? É algum ser que tenha controlo total sobre toda a vida do Mundo? O que é ser trocado nos parâmetros actuais? Irei reflectir acerca disso.

O ser-humano nunca é um ser com poder de trocar seres da sua espécie (perdão, seres-vivos). O que é trocar, afinal de contas? Trocar alguma coisa é substituir, mudar de lugar algo. Muda-se o lugar de alguém como o Melhor Amigo (ou como queiram chamar) para o lugar de 2º Melhor Amigo. Ser-se trocado é um dos piores sentimentos no mundo...

Não há nenhum poder que confira o direito ao ser-humano de trocar alguma coisa que tenha sentimentos, ou vida. Nada no mundo permite tal coisa e a moral deverá persistir nesse pensamento de trocar algo, de mudar algo de lugar, de deixar de ter alguém ou algo como uma coisa que para nós foi algo. 

"Na nossa vida, fazemos muitas trocas. Trocamos a camisola, trocamos o quarto... Mas nunca, mesmo nunca deveremos trocar o amor que alguém nutre por nós."

Não. Amor não pode ser trocado. Amizade não pode ser trocada. Felicidade não pode ser trocada. Nunca ninguém substitui alguma dessas coisas. Apenas a teve sempre. Foque-mo-nos na troca de pessoas. 

Quem pode trocar um Melhor Amigo (supostamente) por um outro? Quem pode substituir a amizade? Ao longo do tempo, é verdade, os laços que unem duas pessoas ou mais desfazem-se, desfiam-se e esse cordão que juntava pessoas desvanecesse na linha do tempo com a agulha da distância...
Sente-se uma dor agonizante de se ver aquele substituto no lugar que outrora nos pertenceu. Nunca a distância pode ser batalhada com uma vitória sem a reduzir. A distância é uma das razões da troca.

Amamos o outro, tal como esse nos ama a nós. Queremos sentir-nos abraçados nesse rol de sentimentos, nesse mar de tortura e nunca queremos cair num sonho feito de água pura que outrora beijamos e que agora nem tocamos...

Na nossa vida, fazemos muitas trocas. Trocamos a camisola, trocamos o quarto... Mas nunca, mesmo nunca deveremos trocar o amor que alguém nutre por nós.

Raúl Amarantes. 

sábado, 14 de maio de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Pensamento

O pensamento é o fundo da nossa alma. É o que vemos e julgamos ser... É uma das partes mais íntimas de todo o ser-humano e uma das mais interessantes.

Irei divagar. Divagar acerca de um tema que é muito interessante. O pensamento é a nossa parte mais exclusiva. Falamos e relacionamos. Dizemos o que pensamos, mas nunca expomos o pensamento denominadamente incorrecto, denominadamente inaceitável. O que é que esconde esse mesmo pensamento?

Actualmente, vivemos num mundo em que dizer as coisas de boca para fora é completamente incorrecto, completamente rude. O pensamento é a parte que queremos manter privada, mas que queremos manter pública. 

É uma coisa que nos corrói certas vezes. Queremos afastar esse pensamento, afundá-lo no fundo da alma e rejeitamos ter pensamentos desse tipo. O que é, afinal, o pensamento? É uma paz interior, uma exposição privada. Nunca ninguém na vida é totalmente sincero e guarda esse mesmo pensamento do quão incorrecto se é dizendo o que pensamos. Somos reprovados por dizer a nossa alma.


Quem somos é reservado nessa caixinha de segredos"
Acabamos por nos afundar nesse mundo tão nosso, tão incorrecto, que nem leis segue e que só tem partes impuras. O pensamento é a nossa parte mais reservada, pois nunca a deitamos de boca para fora para ser exposta. Guardamos para nós esse pequeno pedacinho de privacidade.
Quem somos é reservado nessa caixinha de segredos e tentamos expor-nos o mais possíveis, podendo sempre a chave abrir a tal caixa de tesouro, que durante a nossa vida mantemos guardada e não a deixar cheia demais.

Enche-se e não a fechamos, explodindo. Explodimos com uma raiva tal que expomos o que mais íntimo tinhamos... E nessa tristeza ficamos afundados... Nesse mundo incorrecto, nada certo... E sozinhos... Por nunca termos conseguido fechar a caixa.

Tentamos expor. Escrevemos, desenhamos o nosso pensamento, aliviamo-nos e gostamos de ver a reacção de uma pessoa que passou pelo mesmo, de ter um pensamento igual ao nosso ver-se nessa libertação. Usa-la para manter-se livre desse monstro que se chama "errado".
Esconde-se e mostra-se. Afasta-se e aproxima-se. Mantém-se no mesmo sítio, apenas em menor risco de explodir.

O pensamento é apenas o íntimo a falar por si.

Raúl Amarantes. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse... (e) Extractos de poesia...


A poesia voou-me pela janela fora
É como um pequeno passarinho, um pássaro que acarinhado voa por aqui e ali, mas se libertado à brisa da Natureza, volta para nos acariciar a nós. Falarei hoje da beleza da poesia.

Como ela é linda, ao som das palavras, voa, sem um fim no manto púrpura que flutua a partir da nossa boca. É como a simples folha que ao cair cai suavemente mas sem medo de se perder de quem lhe deu vida. 

A poesia é isso mesmo, é deixar os nossos sentimentos num texto que pode voar, ou pode ser entoado, acarinhado ou até simplificado… Mas ao resumir-se tal mistura obteremos uma indiferença. Não um texto que é lido sem o mínimo sentimento, porque a poesia é isso mesmo. É depositar tudo o que pensamos, tudo o que desejamos, tudo pelo que nos apaixonamos, ou tudo o que somos. 

Quem sabe? O verdadeiro poeta não é o que rima palavras. O verdadeiro poeta é o que consegue deixar uma parte de si no que escreve, uma parte que compreendida por outros é a beleza da poesia. A isso sim, chama-se poesia, chama-se verdadeira poesia à mistura de pensamentos no texto e mistura na pessoa, a mistura que se unifica e que se junta para te dar um texto que ao expoente da loucura é entoado, cantado ou até versificado. 

Ou seja, a poesia é como um pássaro. 

Trata-lo bem e deixas uma parte de ti que ele voltará. Mas a maior alegria está em saber que a poesia em que deixamos uma parte de nós está a parte de outra pessoa quando ela nos vem dizer que amou o texto e que até a decorou para um dia dize-la a uma namorada ou a uma amiga.

A poesia é a beleza que tu deixas nela. É um marco na história, uma descrição dos acontecimentos, uma cantiga, uma história narrada com a beleza mais profunda do mar. É simplesmente poesia, mas é tanta coisa ao mesmo tempo…



A poesia é: 

Linda, simples e concisa
E a dedicação do amigo
A dedicação precisa
Da pessoa que está contigo.

É o sonho da noite de luar
A que se pode cantar
E entregue ao mar.

É o nada e o tudo
Em sintonia
Encaixada no canudo
Da sinfonia.

É mistério,
Magia e Harmonia
É um prazer
Uma expressão
É uma rima.

É o ritmo expresso
E declamado
É divertida
O amor fechado.

Expressa por cores
E alegria também
É a isenção de sentimento
O nebrio
O Alento de quem tem sofrimento
E se sente bem.

É um cardápio de cores
Um arco-íris incompleto
Como aqueles lugares sem água
Desertos...

Soneto e pobre
Ou rico e consoante
É a rima nobre
De caracterização toante.

Demonstra um mundo 
Escrito no papel.
Feito pela mão
Revela-se um farnel.

É acabado com o final
O pequeno ponto.
Que dita o destina
O mesmo igual.

Raúl Amarantes. 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Vie privée

Quem nunca quis ter um pouco de "vie privée"? Quem nunca quis ter esse espaço tão dedicado a nós próprios? É uma coisa tão vulgar, mas tão pessoal ao mesmo tempo... Esconder-se do mundo... Afastar-se da vida... Esconder-se na morte...

É um espaço tão próprio, único, impossível de quebrar... Falemos dessa pequena parte da vida tão respeitada.

A privacidade é uma das partes que mais respeitamos da nossa vida. Gostamos de manter segredos, da nossa vida, da dos outros, guardar os problemas para nós, manter essa parte da vida que nos aconteceu para nós. Mas manter afastada essa mesma parte de terceiros... Esses terceiros, são pessoas que se envolvem na nossa vida, mas não nesse pequeno momento, que precisamos de recordar por breves momentos e esquecer ou relembrar...

"A privacidade é uma das partes que mais respeitamos da nossa vida."

É difícil manter-se privada essa privacidade... É difícil não explodir... E queremos ter sempre o quarto ao pé de nós quando recebemos aquela notícia tão inesperada onde queremos afundar a cabeça na almofada e chorar... Ao olhar-mos para o lado vemos apenas o amigo... E vemos uma hipótese de nos libertarmos ao mesmo tempo. Soltamos-nos... Ficamos livres dessa dor que tanto nos atormentava à pouco... Mas que na cabeça do outro ainda agora começou e para nós vai continuar...

É o que nos distingue das pessoas que tanta da nossa vida partilham (ou "velhas"). São as revistas cor-de-rosa que arruínam essa mesma parte da vida tão sagrada para as pessoas, tão importante... Gostamos de nos fechar nesse mundo tão próprio de nós. Arrumar-mo-nos do baú das recordações e ver essas mesmas preciosas lembranças (ou não tão preciosas) que guardamos durante uns tempos...

Aprecia-se que uma parte da vida seja "pessoal", mas também podendo ser partilhada com alguém que a mantenha privada, mas aí passamos a ter uma distinção. Passamos a ter uma privacidade não tão própria,...  Passamos a ter uma privacidade que é de duas pessoas, um conjunto...
"É o segredo da vida, guarda-o bem... Com a tua própria vida."-dizia ele. "Guardarei... Até ao fim da minha vida."-respondeu-lhe ela. E naquele abraço se envolveram eles os dois, mostrando ao mundo uma privacidade privada pública, mas escondida com chave de ouro... (Se chave de ouro for boa...)

Afastar-se do mundo, e esconder-se num só nosso (escrevendo, pintando, jogando, zangando-se) é uma forma de esconder-mos o que não queremos mostrar, o que não queremos publicar e dizer ao mundo como se fosse uma parte importante de dizer... 

Gostamos muito da nossa privacidade. Mas gostamos de invadir a dos outros...

Raúl Amarantes. 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Adimzae
A amizade é uma "coisa" tão bonita. É linda no seu superior, não no seu todo... Comecemos a falar dessa "coisa" tão bonita e tão comum(será assim tão comum?).

Gosto da amizade. Não por ser um sentimento muito presente, mas sim pela felicidade que traz... Dependendo em que patamar se encaixe.
A amizade é o laço que junta pessoas. É aquele véu que envolve algumas pessoas (ou apenas duas), e que em alguns casos, torna-se mais forte e não só envolve essas mesmas duas pessoas como as enrola. Quem nunca sentiu uma amizade tão forte por uma pessoa que sentiu necessidade de a distanciar de outras pessoas? Quem nunca pensou que tal pessoa necessitasse de ser diferente dos outros?

A amizade difere do amor, difere da tristeza, difere da alegria, difere de todo o sentimento que não traga alegria. Até porque a amizade não é um sentimento. É como um tesouro insubstituível. Porque uma amizade não é como todas as outras. Nunca uma amizade é igual, não no seu todo, porque uma amizade envolve a conexão inseparável... Dependendo, outra vez, do tal patamar. A amizade é única, tal como tudo o resto, mas ao contrário do resto, é mencionada desde o início em palavras diferentes, porque já se teve as manadas... 

"Gostamos muito de ver um sorriso nos outros, de ver uma sorriso na nossa cara quando estamos alegres e gostamos de dar essa parte de nós..."

A amizade é uma parte da vida indispensável, pois logo na nossa infância criamos aquelas amizades que poderão durar para o resto da vida e descritas como "amizades de infância".

Outra coisa que pessoalmente acho interessante na amizade é: quando somos amigos de alguém, vemos ele/a fazer uma coisa que já vimos milhares de vezes só por ele/a a fazer. Queremos ver o/a nosso/a amigo/a a fazer essa mesma coisa que julgamos ser chatas, mas torna-se uma coisa indispensável, porque é totalmente diferente (apesar de ser igual). Pela amizade somos capazes de darmos parte de nós (esse ser que ao espelho parece ser um conhecido e tão único).

Gostamos muito de ver um sorriso nos outros, de ver uma sorriso na nossa cara quando estamos alegres e gostamos de dar essa parte de nós... Mas temos que ver se damos a uma pessoa que seja totalmente de confiança e não um amigo "conhecido". 

Raúl Amarantes. 

quinta-feira, 31 de março de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Futuro
O futuro é uma mentira. É uma mentira da vida. Nunca, mas nunca poderá estar destinado. Não consigo aceitar que desde o momento que estamos vivos que temos aquela/e rapariga/rapaz destinada/do. É impossível aceitar. Deixamos de viver. Passamos a ser peças de um jogo de xadrez com uma escala mundial. 

Como poderá ser que a vida esteja destinada? É impossível, pois na nossa vida, relacionam-se outros. E esses outros, por mais quilómetros que estejam separados de nós, na linha do tempo, estarão juntos connosco? É simplesmente impossível e simplesmente repugnante. É um pensamento angustiante, pois isso significa que cada acto que efectuemos terá já a consequência pronta e nós, como meras peças de xadrez embarcamos nesse barco com destino já traçado. 

Peguemos num simples desenho. Púnhamos a vida num mapa. Temos neste momento o barco em que iremos embarcar à nossa frente. Temos os marinheiros que nos levarão nesse mar com muita turbulência, muito obstáculo, Adamastor, ninfas e tudo o resto. Embarcamos num barco sem destino traçado, mas com o destino traçado ao mesmo tempo. Para onde iremos? De onde partimos? Onde paramos?

"O Passado partiu sem nos dizer, o Futuro encontra-se a caminho, e o Presente é o  caminho que temos que traçar. "

A vida é a construção feita no Presente. O Passado partiu sem nos dizer, o Futuro encontra-se a caminho, e o Presente (último tempo, não muito apreciado) é o  caminho que temos que traçar. Mas... O Presente passa a Passado, o Futuro passará a Presente, e o Passado mantém-se. 

Como que se gostássemos de nos lembrar do Passado para alegrar o Presente ou para entristecer o Presente. Também usamos o Passado para ver o que nunca iríamos fazer tal coisa de tal forma por isto...

Gosto de viver a vida... Gosto de controlar o que faço... E, de forma impressionante, não conseguimos ver o Futuro, mas desde o início já o temos traçado...

Não gosto de ser uma peça de xadrez nesse jogo tão fútil, nesse jogo tão desenhado, nesse jogo tão destinado... Odeio o destino, por me dizer o que irei fazer... Mas também odeio não ver o futuro já traçado. 

Raúl Amarantes. 

sábado, 26 de março de 2011

Extractos de Poesia...

A poesia é:

A poesia é:
Como que a libertação
O Sol Nascente
Que desperta o coração.
É a iluminação
Que enfeita a canção,
O Coração e a Mente.

É uma paz interior
Tão perfeita,
Como o amor
Representada pelo louvor,
Da colheita.
É a rima,
A cor
E a beleza
Tudo em sintonia
Com toda a certeza.

É o sonho,
Que demonstra o mundo.
A magia,
Bela até ao fundo

Um génio... Impossível equipará-lo. 

O sentimento flui
Dum conta-gotas
"Desculpa, mas já fui..."
Descreve as garotas.

Amor encantado
E dedicado a outrem.
A poesia é o lado
Do que os outros fazem,
E escondem.

Como que uma flecha 
Que trespassa
É a mais bela facha.
Para isso apagar
Usamos a borracha.

Apagar da existência
Esse poema indigno
Um poeta sem paciência
É um poeta sozinho...

Sem sentido
E sem falsidão
Dedica-se ao querido
E à paixão.

Que nos entrega o amor
De bandeja na mão,
E de mão ao peito,
Bem do fundo...
Do fundo perfeito.

Raúl Amarantes.