A mente perversa
Como se pensa, um rapaz comum vê mais cenas com conteúdos impróprios para a sua idade do que as raparigas. Essa questão vai-se relacionar com como um rapaz vive a sua vida... Ou como cria os seus sonhos... Deixemo-nos de palavreado e passemos a "conversa fiada".
Aquela imagem formosa surgia-lhe todo o dia, nos seus momentos íntimos, nos seus momentos de repouso, nos seus momentos em que não fazia nada... Era uma imagem que encantava os olhos de cada um, que aliciava os olhos e que matava o coração. Era uma imagem enfeitada com cabelos dourados, com olhos verdes, com lábios vermelhos, com dentes de leite, com aquela beleza que lhes era característica... Em tudo, ela era perfeita... Em tudo, ele era (im)perfeito. Assim se achava ele, imperfeito e morto... Já a sua vida era guiada pela beleza feminina, mas com gostos requintados, e já ele era requintado (aos olhos delas). Achava-se fora de liga, achava-se idiota, achava-se parvo... achava-se lixo. Mas... que era ele? Era a imagem que ele criava no espelho, ou era a imagem criada pelo espelho?
"Simplesmente um amor que nutria conforme o tempo passava... Mas a balança só se inclinava para um lado."
Se havia desafios para ele, então este era um. A imagem que se encontra distante, a companhia que se encontrava ao seu lado, como um cão, mas formosa, esplendorosa, digna do gosto, digna do paladar... "Cada beijo teu, ilumina a minha vida... Cada palavra tua, acende-me o coração... Cada carinho teu, desperta-me... Cada vez que te escapas como água pelas minhas mãos, morro..."
Se havia uma frase digna de tal beleza era essa. Se havia palavra digna de tal personalidade era: perfeita...
Como era de esperar, em cada momento sonhava com aquele corpo desnudado, entregue à tentação, morto por prazer... criado por uma mente perversa... Mas, apreciada por todo um corpo...
Não havia pontos bicudos, tábuas, não havia... Simplesmente um amor que nutria conforme o tempo passava... Mas a balança só se inclinava para um lado.
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