sexta-feira, 6 de maio de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse... (e) Extractos de poesia...


A poesia voou-me pela janela fora
É como um pequeno passarinho, um pássaro que acarinhado voa por aqui e ali, mas se libertado à brisa da Natureza, volta para nos acariciar a nós. Falarei hoje da beleza da poesia.

Como ela é linda, ao som das palavras, voa, sem um fim no manto púrpura que flutua a partir da nossa boca. É como a simples folha que ao cair cai suavemente mas sem medo de se perder de quem lhe deu vida. 

A poesia é isso mesmo, é deixar os nossos sentimentos num texto que pode voar, ou pode ser entoado, acarinhado ou até simplificado… Mas ao resumir-se tal mistura obteremos uma indiferença. Não um texto que é lido sem o mínimo sentimento, porque a poesia é isso mesmo. É depositar tudo o que pensamos, tudo o que desejamos, tudo pelo que nos apaixonamos, ou tudo o que somos. 

Quem sabe? O verdadeiro poeta não é o que rima palavras. O verdadeiro poeta é o que consegue deixar uma parte de si no que escreve, uma parte que compreendida por outros é a beleza da poesia. A isso sim, chama-se poesia, chama-se verdadeira poesia à mistura de pensamentos no texto e mistura na pessoa, a mistura que se unifica e que se junta para te dar um texto que ao expoente da loucura é entoado, cantado ou até versificado. 

Ou seja, a poesia é como um pássaro. 

Trata-lo bem e deixas uma parte de ti que ele voltará. Mas a maior alegria está em saber que a poesia em que deixamos uma parte de nós está a parte de outra pessoa quando ela nos vem dizer que amou o texto e que até a decorou para um dia dize-la a uma namorada ou a uma amiga.

A poesia é a beleza que tu deixas nela. É um marco na história, uma descrição dos acontecimentos, uma cantiga, uma história narrada com a beleza mais profunda do mar. É simplesmente poesia, mas é tanta coisa ao mesmo tempo…



A poesia é: 

Linda, simples e concisa
E a dedicação do amigo
A dedicação precisa
Da pessoa que está contigo.

É o sonho da noite de luar
A que se pode cantar
E entregue ao mar.

É o nada e o tudo
Em sintonia
Encaixada no canudo
Da sinfonia.

É mistério,
Magia e Harmonia
É um prazer
Uma expressão
É uma rima.

É o ritmo expresso
E declamado
É divertida
O amor fechado.

Expressa por cores
E alegria também
É a isenção de sentimento
O nebrio
O Alento de quem tem sofrimento
E se sente bem.

É um cardápio de cores
Um arco-íris incompleto
Como aqueles lugares sem água
Desertos...

Soneto e pobre
Ou rico e consoante
É a rima nobre
De caracterização toante.

Demonstra um mundo 
Escrito no papel.
Feito pela mão
Revela-se um farnel.

É acabado com o final
O pequeno ponto.
Que dita o destina
O mesmo igual.

Raúl Amarantes. 

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