terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse

 Simplicidade

É tão fácil ser-se simples, mas também muito difícil destacar-se, sendo simples na sociedade. A simplicidade é caracterizada pelo não ser-se espalhafatoso, pelo não vestir roupa X que tem cor Y e cor K pois destacam-se. A simplicidade tem 3 grupos.

Simplicidade Visual; É a simplicidade do dia-a-dia. Temos usar as calças pelo rabo (coisa simples nos parâmetros actuais), cada pessoa actualmente ter um computador, uma coisa que é simples. São coisas que vemos, tal como a roupa, que julgamos (algumas) serem bonitas por tão simples que são. A simplicidade visual é o usar a camisola X que o tipo O usa. É simples e não envolve luxúria ou espalhafato. Quem nunca foi simples visualmente? Destaquemos os bebés. É normal usarem um babete, e isso é simples.


Simplicidade psicológica; Teremos que pôr aqui umas quantas pessoas, pois a simplicidade psicológica é uma simplicidade tal que é repugnada em alguns casos e vista como uma vantagem noutros. É simples para uns dizer "Vou fazer de conta que tal tal não tenho" mas é complicado para outros ouvir isso e é mais complicado, ser-se rejeitado por esse mesmo pensamento adverso. Já a simplicidade positiva é: por se ser tão simples e não ter aquele pensamento arrogante, por não se meter em problemas, nem ter um pingo de vaidosidade é-se simples e no mundo actual isso é muito positivo.


"(...) é-se simples ser normal, mas não é normal ser-se simples."

Simplicidade Habitual; Vamos lá falar do que é simples. É simples eu fazer um exercício por estar habituado. É-me simples eu fazer um texto, por estar habituado. É-me simples elogiar alguém, por estar habituado. É a força do hábito que surge em questão nesta simplicidade tão normal, tão comum, mas também tão desprezada, por se incluir o gosto habitual. Quem nunca viveu a pensar que queria ver tal coisa, mas quando via todos os dias pensava, que era simples e nem era nada por aí além?

Talvez ao longo deste texto todo, tenha trocado simplicidade por normalidade, mas é-se simples ser normal, mas não é normal ser-se simples.

Raúl Amarantes. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Lembranças

Hoje, numa das minhas rotinas, deparo-me com uma fotografia da minha infância. Havia de encontrar 2 rapazes a brincarem entre si, tentando imitar os desenhos animados da tal série Gormiti (acho que era essa). Ao divagar, lembrei-me dos meus gostos de criança. Há que se dizer que houve um tempo que não batia bem da cabeça (mas quando é que eu bati?) e que tentava imitar o inspector Max a cheirar as cenas de crime. Lembro-me também de ver o Sonic bem cedinho para o ver a formar uma bola e a lançar-se contra o Dr. Eggman.

Queridas lembranças, mas só isso. Lembranças que perduram no pensamento e talvez na imagem. Lembranças de um tempo isento de preocupações, isento de tristezas (excepto quando alguém fazia anos e não havia bolo)... isento de maldade. Cada comportamento era medido ao pormenor. Para ver qual enervava mais o outro para nos rirmos, mas também para não ser maldoso. Poderíamos pôr o pé à frente de um colega que não seria considerado um ataque. 

"Amo as minhas lembranças da infância. Não por ter sido quando mais brinquei, mas por estar livre de desastres, de responsabilidades"

 Gosto bastante deste tema das lembranças, pois cada um tem as suas e cada um tem as suas brincadeiras. Responsabilidades? Alguém foi repreendido? A lembrança é a fotografia mental, o que une duas pessoas que se amam, se respeitam que une uma comunidade que viveu junta em criança. 

Amo as minhas lembranças da infância. Não por ter sido quando mais brinquei, mas por estar livre de desastres, de responsabilidades... estar livre da ideia de pensar no futuro. Porque a infância é o período em que conhecemos os verdadeiros amigos, pois esses são os que brincam e não os que nos ajudam. 

Raúl Amarantes.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Crenças
Qualquer um dos que se encontra a ler isto, neste exacto momento, foi incutido a acreditar em alguma coisa, à medida que crescia. Era o chamado "Ensino para a vida". Quem nunca andou na catequese, ou era aliciado para ir? Quem nunca foi dito para ir à catequese porque se iria ser padrinho, ou madrinha? Não, por acaso, vamos mais fundo. Quem não foi baptizado?

O Baptismo é o início da tal crença que temos em Deus, e foi dito assim porque João Batista, banhava todas as crianças (caso aparte, não acredito em Deus) mesmo que tivessem um passado horrível banhado de sangue pelos antepassados. A crença é o que regula a vida de muitos, pois mesmo que se siga a vida normalmente, iremos ter aqueles pequenos confrontos com  crença.

Mas na crença, temos que incluir os supersticiosos que decidem o que irão fazer conforme esa mesma sorte, ou se fazem tal acto conforme os resultados... E as conclusões retiradas apoiadas na sorte e no azar. A sorte é bastante estranha. Inclusive se tem que fazer certas coisas para encontrar uma coisa, ou evitar uma outra para não ter azar.


O que vemos é liderado pelas nossas crenças. Pois nós podemos ver um coração e já outro ver uma nuvem.

E as crenças, indicam o que acreditamos, se acreditamos na vida após a morte, ou a mesma morte após a morte. Como? É que quando morremos somos recordados por este ou aquele pelo que fizemos bem. Mas no momento que é recordado aquele momento de desvario, esquece-se o bom... E morremos para os outros, mas ressuscitamos para uns como aquele tipo corajoso ou simplesmente estúpido.

Então, que crenças vamos indicar nisto? Vamos indicar a própria religião, a superstição e o que acreditamos. A vida é decidida por nós. Podemos ter aparecido cá graças a um milagre de Deus, que foi uma sorte termos nascido, que não sabemos quem somos, mas a vida continua a correr à nossa frente e se não a acompanhamos, mais facilmente são as crenças que nos dominam do que nós dominamos as crenças.

Raúl Amarantes. 

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pequena Pausa... De contos

Mente Perversa

Aquela imagem arrasava-o. Tanta formosura numa só imagem e ela à distância de uma palavra, à distância de um metro... Mas tão longe ao mesmo tempo. Ele poderia ser o "engatatão", mas ela não era uma pessoa que se engatasse. Era uma pessoa que só de ver dava alento, só ver chegava e a sua beleza transmitia uma paz, uma calma... Era como se o mundo travasse no exacto momento em que ela falava.
Pois a sua beleza não era a de passerelles que enchida de botóx enchia capas de revista e cheia de um material... que todos conhecem ou, silicone. Era o sonho pois não era uma criação, era uma miragem, uma imagem, um sonho... Era o desejo de cada rapaz.
Mas seria o desejo porquê? Seria o desejo, não pela sua beleza total. Não pela sua beleza interior. Seria sim, pela sua beleza íntima...


"E a mente continuava perversa, mas a satisfazer desejos."

Quem não seria o rapaz que faria filmes perante uma obra de arte daquelas? Seriam os realizadores, os produtores e os actores ao mesmo tempo. A mente era um poder muito forte e de uma simples obra de arte podia-se criar uma exposição digna dos olhares do mundo, digna dos olhares dos mais peritos... Mas especialmente digna dos olhos do actor, pois actuar com tal obra de arte seria um prazer que não seria trocado.
E a mente continuava perversa, mas a satisfazer desejos.

Raúl Amarantes.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Beleza

A beleza foi uma coisa (e é) que sempre me apaixonou, que sempre me fascinou, sempre me despertou o interesse.

"A beleza está em todo o lado só que alguns não a vêem", expressão que ouvi uma vez e que julgo ser de Aristóteles. É uma frase bastante sentida e bastante verdadeira, ou até totalmente verdadeira, pois uma coisa feia é bonita.
Costumamos caracterizar uma coisa bonita, graças à comparação com uma outra mais feia e chegando a um caminho sem saída (ou um objecto tão feio que nem sequer se sabe se aquilo é bonito) costumamos encontrar uma réstia de beleza, uma pincelada que torna o que vemos digno do nosso gosto, uma folha numa árvore que a torna digna do nosso gosto... um sorriso tão belo, tão sentido, que até o fazemos digno do nosso gosto.

"A boa beleza é a mais simples, pois não temos 
a tendência de a comparar com luxos e é sempre linda.

Mas... Então, que gosto é o nosso? Que direito temos nós de caracterizar uma coisa feia para dizer outra bonita? Que razão temos para rebaixar o gosto de outro como fazemos em alguns casos com o vestuário.
Passemos para outro ponto, se me seguem. A expressão "O que conta é o interior". Que acham que é? Verdade ou mentira? Pois se julgam a primeira, lembrem-se que grande parte dos vossos amigos ou são de infância, ou começaram a falar com eles porque gostavam do estilo. Ninguém, mas mesmo ninguém (eu incluo-me, infelizmente) irá falar com alguém que nos provoque medo, ou com alguém que até consideremos feia. 

Nunca falamos com 1 pessoa para conhecer o interior. Falamos para conhecer o interior do exterior. Querem um exemplo? Os presentes que recebemos. Quem nunca presumiu que por um presente ter uma caixa gigante, estaria lá um presente gigante ou que, por ter um embrulho que até temos medo de o estragar julgamos que seja uma beleza, mais lindo, mais giro... algo... Digno do nosso gosto. 
É assim que somos enganados, com o exterior. Numa caixa gigante, nunca esperamos ver a camisola que achamos cara mas amámos.

Se a beleza se encontra em todo o lado, se o luxo é lindo, se a nossa imagem nos pode apaixonar, pois a alguns que a imagem assusta, há um pensamento que resta... O de não se encaixarem nos contornos do mundo...

Raúl Amarantes. 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desculpe, mas não entendi o que disse...

Ahn...
Nunca soube o que era amor...

Não por nunca me ter apaixonado, mas por nunca chegar a saber se estaria apaixonado, ou seriam apenas ilusões minhas. Nunca me senti tentado a dar aquele passo que "define a vida" , a embarcar num mundo de loucuras e alegrias. Então, nunca soube o que era sequer amar.

Quando achei que estava apaixonado uma vez, julguei que fosse apenas um pensamento meu para acreditar que tinha já vivido algo da vida e que finalmente responderia à minha questão "Como é amar? Dá-mo-nos à outra pessoa?" e que iria provar esse néctar, que alguns provam e cospem.
 
Se nunca soube o que era, então, porque falo tanto de uma coisa que não conheço, porque é que afirmo com tanta certeza que o amor da Juventude actual é imaturo, uma imitação da imagem com que o amor foi representado ao longo dos tempos ou ainda é representado, quando Romeu e Julieta surgem e dão uma ideia de romance, uma ideia tão apreciada por causa da dedicação de cada um.
Se o Amor é caracterizado pela juventude, este irá ser imaturo, pois o menor tempo possível é para todo o sempre... E toda a amizade que surgiu entre esse romance, será esquecida... Mas, falar só dos Jovens? Seria uma falsidade, pois a falta de amor surge nas capas de revistas que tanto furor fazem e tanto espanto provocam. 

Essas histórias em que se tira, mete, atira-se e recupera-se um amor de juventude, um amor que acaba com a "mudança de um dos membros do casal" (ou seja, uma das pessoas pode ter ficado mais agressiva.) Se eu pintasse o amor, pintaria um arco-íris, pois tanto está lindo, como está um caos... 
O Amor actual é o adverso da imagem que nós lhe damos... Onde se encontram aqueles finais que tanto apreciávamos em criança "E viveram felizes para sempre..."? 
Quem não se lembra da Cinderela e o seu sapatinho de Cristal? Qual foi o final? E a história da Bela Adormecida em que o beijo do príncipe a acordou do sono eterno, quem se lembra do final?

Foram histórias com que nos habituamos, foram histórias com que criamos afecto, histórias que amamos e gostávamos de aplicar na vida, mas neste momento só há uma questão... O que é o Amor? Eu julguei saber responder, mas já sou atrasado em relação ao meu tempo... 

Raúl Amarantes. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pequena Pausa... De contos...

A mente perversa

Como se pensa, um rapaz comum vê mais cenas com conteúdos impróprios para a sua idade do que as raparigas. Essa questão vai-se relacionar com como um rapaz vive a sua vida... Ou como cria os seus sonhos... Deixemo-nos de palavreado e passemos a "conversa fiada".

Aquela imagem formosa surgia-lhe todo o dia, nos seus momentos íntimos, nos seus momentos de repouso, nos seus momentos em que não fazia nada... Era uma imagem que encantava os olhos de cada um, que aliciava os olhos e que matava o coração. Era uma imagem enfeitada com cabelos dourados, com olhos verdes, com lábios vermelhos, com dentes de leite, com aquela beleza que lhes era característica... Em tudo, ela era perfeita... Em tudo, ele era (im)perfeito. Assim se achava ele, imperfeito e morto... Já a sua vida era guiada pela beleza feminina, mas com gostos requintados, e já ele era requintado (aos olhos delas). Achava-se fora de liga, achava-se idiota, achava-se parvo... achava-se lixo. Mas... que era ele? Era a imagem que ele criava no espelho, ou era a imagem criada pelo espelho? 

"Simplesmente um amor que nutria conforme o tempo passava... Mas a balança só se inclinava para um lado."

Se havia desafios para ele, então este era um. A imagem que se encontra distante, a companhia que se encontrava ao seu lado, como um cão, mas formosa, esplendorosa, digna do gosto, digna do paladar... "Cada beijo teu, ilumina a minha vida... Cada palavra tua, acende-me o coração... Cada carinho teu, desperta-me... Cada vez que te escapas como água pelas minhas mãos, morro..." 
Se havia uma frase digna de tal beleza era essa. Se havia palavra digna de tal personalidade era: perfeita... 
Como era de esperar, em cada momento sonhava com aquele corpo desnudado, entregue à tentação, morto por prazer... criado por uma mente perversa... Mas, apreciada por todo um corpo... 
Não havia pontos bicudos, tábuas, não havia... Simplesmente um amor que nutria conforme o tempo passava... Mas a balança só se inclinava para um lado.

Continuo uma outra vez.

Raúl Amarantes.